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Luz volta a municípios do Meio-Oeste de SC após mais de 100 horas de apagão

Subestação de energia da Celesc em Caçador (Foto: Celesc/divulgação)

Após mais de 100 horas de apagão, municípios do Meio-oeste catarinese tiveram a energia elétrica restabelecida por volta das 22h dessa terça-feira (1). Cidades como Fraiburgo e Caçador ficaram às escuras depois que um tornado atingiu cinco torres de alta tensão na última sexta-feira (1º).

A falta de luz fez até o Ministério Público Federal (MPF) instaurar um procedimento para adotar medidas de responsabilização.

Com o tornado, em Campos Novos, casas foram destelhadas e um caminhão chegou a tombar com a força do temporal. Segundo a Defesa Civil, as rajadas de vento no município chegaram a 123 km/h. Um levantamento do Corpo de Bombeiros contabilizou 60 destelhamentos.

Quatorze municípios registraram falta de luz e 90 mil imóveis foram afetados. O fornecimento foi restabelecido aos poucos. Os municípios de Caçador e Fraiburgo tiveram a maior espera pela volta da luz.

– Algumas regiões, a Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) conseguiu manobrar a energia vinda de outras subestações e regiões que conseguiam ser atendidas, mas pela forma do mapa geoelétrico da celesc, algumas regiões a gente não conseguiu fazer esta manobra, foi o caso de Caçador. Por isso, Caçador ficou tanto tempo fora e alguns outros municípios receberam a luz antes – explicou Claudine Anchite, diretora financeira e presidente interina da Celesc.

Segundo a Celesc, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), responsável pela coordenação do Sistema Interligado Nacional (SIN), informou que após o tornado houve o desligamento automático da linha de transmissão Campos Novos – Videira. Com isso, foi interrompida a transferência de cargas da Subestação Videira atingindo também as subestações de Caçador, Caçador Castelhano e Fraiburgo.

– Foram danificadas e ficaram inoperantes cinco torres, três caíram e duas tiveram avarias. Foram colocadas torres provisórias para que se restabelecesse o sistema o mais rápido possível. Agora, ao longo das próximas duas semanas, será feito um trabalho definitivo. Esse trabalho é feito com a energia sendo fornecida – explicou Claudine Anchite.


Fonte: CBN