Após 19 dias de atraso, o Inter conseguiu quitar a folha de pagamento dos seus jogadores. A curta espera não chegou a assustar o grupo, principalmente devido à relação de confiança que há com os dirigentes, mas transformou em real um temor que existia desde o início da pandemia. A partir de agora, caso a bola não volte a rolar em um curto espaço de tempo, os atrasos deverão tornar-se quase uma rotina.
Segundo Hagemann, o pagamento só foi possível porque o clube recebeu R$ 7,5 milhões de uma linha de crédito especial da CBF. Na verdade, porém, não é uma receita extra ou um “dinheiro novo”, mas apenas uma antecipação de receitas que o clube teria até o final do ano e em 2021. Ou seja, o dinheiro traz um alívio momentâneo para o fluxo de caixa, mas posterga o problema para o futuro.
Hagemann confirma que a situação financeira do Inter é muito grave e, conforme o próprio presidente Marcelo Medeiros já falou em algumas entrevistas, só será amenizada com a venda de um jogador na próxima janela de transferências.
Projeto de suplementação
Nas próximas semanas, a diretoria deve apresentar um projeto de suplementação orçamentária para a apreciação do Conselho Deliberativo, mas isso só será possível quando os dirigentes conseguirem enxergar o tamanho do rombo nas finanças que a paralisação do futebol provocou ao clube.
Em recente reunião, o CD já foi informado da gravidade da crise e da necessidade de uma suplementação orçamentária. Até abril, o Inter acumulou um déficit de R$ 51,2 milhões no ano. Agora, esse número está bem maior, já que as despesas não minguaram na mesma proporção das receitas.
Fonte: Correio do Povo