Site icon Barriga Verde Notícias

Inter acerta a folha de pagamento após atraso de salários

Foto: Ricardo Duarte

Após 19 dias de atraso, o Inter conseguiu quitar a folha de pagamento dos seus jogadores. A curta espera não chegou a assustar o grupo, principalmente devido à relação de confiança que há com os dirigentes, mas transformou em real um temor que existia desde o início da pandemia. A partir de agora, caso a bola não volte a rolar em um curto espaço de tempo, os atrasos deverão tornar-se quase uma rotina.

Desde aqueles dias no final da gestão de Vitorio Piffero no comando do Inter, no final de 2016, o ano que o clube foi rebaixado, os salários estavam em dia. “Conseguimos pagar os salários hoje (ontem) e vamos pagar os direitos de imagem referentes a maio até sexta-feira”, afirmou ontem à tarde, aliviado, o vice-presidente de finanças do clube, Lauro Hagemann.

Segundo Hagemann, o pagamento só foi possível porque o clube recebeu R$ 7,5 milhões de uma linha de crédito especial da CBF. Na verdade, porém, não é uma receita extra ou um “dinheiro novo”, mas apenas uma antecipação de receitas que o clube teria até o final do ano e em 2021. Ou seja, o dinheiro traz um alívio momentâneo para o fluxo de caixa, mas posterga o problema para o futuro.

Hagemann confirma que a situação financeira do Inter é muito grave e, conforme o próprio presidente Marcelo Medeiros já falou em algumas entrevistas, só será amenizada com a venda de um jogador na próxima janela de transferências.

Projeto de suplementação 

Nas próximas semanas, a diretoria deve apresentar um projeto de suplementação orçamentária para a apreciação do Conselho Deliberativo, mas isso só será possível quando os dirigentes conseguirem enxergar o tamanho do rombo nas finanças que a paralisação do futebol provocou ao clube.

Em recente reunião, o CD já foi informado da gravidade da crise e da necessidade de uma suplementação orçamentária. Até abril, o Inter acumulou um déficit de R$ 51,2 milhões no ano. Agora, esse número está bem maior, já que as despesas não minguaram na mesma proporção das receitas.

Fonte: Correio do Povo