O Grêmio informou na tarde desta quarta-feira que acertou o adiamento do pagamento de parte dos salários e direitos de imagens com jogadores e a comissão técnica. O acordo é sobre os rendimentos de abril até setembro.
Desta forma, o clube não precisará pagar 55% da remuneração total destes seis meses neste momento, mas o fará entre janeiro de 2021 e dezembro de 2022.
“As partes entraram em consenso em um único encontro fruto da relação de franqueza e confiança mútua existente entre diretoria e atletas construída através de uma gestão sólida e com sustentabilidade econômico-financeira e, da performance desportiva obtida nos últimos anos. Além disso, essa construção contempla de comum acordo a preservação dos empregos de todos os colaboradores/funcionários do clube. O Grêmio reconhece a compreensão e a sensibilidade de todos os profissionais envolvidos nesse momento de crise financeira e da excepcionalidade vivenciada pela pandemia”, diz a nota divulgada pelo Tricolor.
O acordo faz parte da segunda etapa do plano de contingenciamento do clube em decorrência das perdas financeiras causadas pela paralisação do futebol. Segundo informou nesta quarta-feira o Correio do Povo, uma das medidas que poderia ocorrer era o corte nos salários, mas não foi preciso devido ao acordo divulgado hoje.
“Estamos chamando de etapas do plano de contingência. Tivemos a primeira etapa, que produzirá efeitos até a próxima semana e uma segunda etapa, que se iniciará em julho indo até o dia 30 de setembro. Na primeira etapa, todos medidas que adotamos se mostraram assertivas e eficazes, e atenderam nossos objetivos num primeiro momento”, afirmou o CEO do Grêmio, Carlos Amodeo, em entrevista à Rádio Guaíba na terça-feira.
O presidente Romildo Bolzan não esconde as dificuldades que o clube enfrenta. Segundo Amodeo, o prejuízo, em números absolutos, pode ficar entre 25 e 30 milhões de reais, “entre perdas efetivas e eventuais postergações de receitas, que serão pagas em momento oportuno. Como a última cota de transmissão do Gauchão”.
Bolzan tem trabalhado nos bastidores para que as questões que envolvem o retorno do futebol avancem. Uma delas é o treinamento coletivo. O presidente tem insistido de que os protocolos sanitários de equipes como Grêmio e Inter possibilitam o retorno das atividades normais.