O Facebook afirmou em nota nesta sexta-feira (31) que irá recorrer da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que bloqueou contas de bolsonaristas na rede social fora do Brasil. Na véspera, o Twitter já havia declarado que também vai recorrer.
“Respeitamos as leis dos países em que atuamos. Estamos recorrendo ao STF contra a decisão de bloqueio global de contas, considerando que a lei brasileira reconhece limites à sua jurisdição e a legitimidade de outras jurisdições”, disse o Facebook.
O Facebook, no entanto, disse que não vai comentar se realizará ou não o bloqueio das contas no exterior. Ao contrário, o Twitter informou que acatou a decisão.
Clique aqui e receba notícias de Chapecó e Região pelo WhatsApp!
Nesta quinta, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, ampliou o alcance da decisão que determinou a exclusão de contas de aliados e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, investigados por suposta disseminação de fake news nas redes sociais.
Foram bloqueados:
- Roberto Jefferson, ex-deputado e presidente nacional do PTB
- Luciano Hang, empresário
- Edgard Corona, empresário
- Otávio Fakhoury, empresário
- Edson Salomão, assessor do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia
- Rodrigo Barbosa Ribeiro, assessor do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia
- Bernardo Küster, blogueiro
- Allan dos Santos, blogueiro
- Winston Rodrigues Lima, militar da reserva
- Reynaldo Bianchi Júnior, humorista
- Enzo Leonardo Momenti, youtuber
- Marcos Dominguez Bellizia, porta-voz do movimento Nas Ruas
- Sara Giromini
- Eduardo Fabris Portella
- Marcelo Stachin
- Rafael Moreno
A exclusão das contas faz parte do inquérito das fake news, que apura ataques a ministros da Corte e disseminação de informações falsas e tem Moraes como relator. Quando as contas foram retiradas do ar pela primeira vez, todos os responsáveis pelos perfis negaram irregularidades e criticaram a decisão do STF.
O governo chegou a acionar o Supremo para rentar reverter a decisão.
A medida de bloquear as contas internacionalmente foi tomada porque alguns dos investigados tentaram driblar a ordem do STF e mudaram as configurações de localização das contas para outros países para continuar a publicar mensagens.
Fonte: G1