Site icon Barriga Verde Notícias

Facebook apresenta comitê de especialistas que vai decidir sobre temas polêmicos

Grupo será composto por 20 pessoas, mas deve dobrar ao longo do tempo

MENLO PARK – O Facebook divulgou nesta quarta-feira seu comitê de especialistas, composto por personalidades que representam uma ampla variedade de países, idiomas e áreas, e que serão responsáveis por decidir sobre o conteúdo controverso publicado na plataforma.

Esse aguardado projeto de uma “suprema corte” da rede social, que terá a última palavra sobre a eliminação de conteúdo conflitante, foi apresentado no final de janeiro.

Por enquanto, o comitê será composto por 20 membros, com mesmo número de mulheres e homens.

Esse número deve aumentar para 40 “ao longo do tempo”, informou o Facebook nesta quarta-feira, enfatizando que os membros “têm experiência significativa em várias áreas-chave”, incluindo liberdade de expressão, direitos digitais, liberdade religiosa, moderação de conteúdo, direitos autorais digitais ou segurança on-line, censura na Internet e transparência.

O diretor de políticas públicas da rede social, Brent Harris, descreveu a criação do comitê como “o começo de uma mudança fundamental na maneira como serão tomadas algumas das decisões de conteúdo mais difíceis no Facebook”.

O comitê, cujas decisões serão vinculantes, inclui o vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 2011, Iêmen Tawakel Karman, jornalista, ativista e político comprometido com a defesa dos direitos da mulher, bem como a ex-primeiro-ministro dinamarquês Helle Thorning-Schmidt, ex-presidente da ONG Save the Children.

Há também o húngaro András Sajó, ex-juiz e vice-presidente do Tribunal Europeu de Direitos Humanos, e o britânico Alan Rusbridger, ex-editor-chefe do jornal britânico The Guardian, que deu visibilidade global ao grupo após as revelações de Edward Snowden.

Nos últimos anos, o Facebook tem sido o centro de muitas críticas, apontando que não agiu com mais rigor para eliminar as mensagens de ódio.

As queixas se intensificaram especialmente pela demora em reagir à propaganda em sua rede militar birmanesa contra a minoria rohinya.

 

Fonte: O Globo