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Escudo facial exige limpeza correta para proteger contra a covid-19

Mulher veste face shield ao andar na rua EFE/EPA/ANGELO CARCONI

Limpar o escudo facial, o chamado face shield, durante a pandemia de covid-19 é importante para manter a segurança ao utilizar a proteção. O procedimento de lavagem e higienização, porém, exige cuidados para não correr o risco de se contaminar com o novo coronavírus.

Para quem opta por usar o equipamento como uma barreira extra de proteção no dia a dia, a limpeza exige cuidados mais simples e pode ser feita com produtos encontrados em casa.

“O álcool 70% é mais do que suficiente para fazer a esterilização de objetos que não são permeáveis, como superfícies materiais de plástico”, afirma Alexandre Barbosa, professor de medicina da Unesp Botucatu.

Segundo Sylvia Lemos Hinrichsen, infectologista e superintendente do HC-UFPE,  o uso de água e sabão ou de um desinfetante comum também fazem a limpeza correta.

O primeiro passo é lavar as mãos antes de começar a limpeza. Em seguida, lavar o face shield com água corrente e sabão ou com desinfetante. É importante tirar o excesso de água com um papel toalha e depois colocar para secar ao vento. O último passo é lavar as mãos novamente.

A lavagem deve ser feita sempre que trocar a máscara, a cada 3 ou 4 horas. O tempo de secagem deve ser respeitado e não é recomendado lavar e logo utilizar a proteção.

O escudo facial não deve ser usado como único equipamento de proteção. A forma correta de se proteger é utilizando juntamente com a máscara de tecido.

“O escudo facial não impede que as partículas entrem pelo lado ou por baixo, o rosto fica exposto nesses casos. A máscara é o que realmente protege a boca e o nariz e evita a contaminação por aerossóis”, diz Sylvia.

Uso hospitalar

Quem utiliza esse equipamento de proteção em hospitais, precisa tomar cuidados extras na manutenção. “O escudo facial está na linha de frente entre a pessoa que o utiliza e a rua, ou um médico e o paciente”, diz Sylvia.

Nesse caso, a limpeza deve ser feita com produtos de limpeza específicos para itens hospitalares. “O mais importante é que o item seja lavado com o produto adequado, como o detergente enzimático. Não pode simplesmente passar água, sabão, álcool 70% e levar para casa. A viseira tem muita possibilidade de vírus”, explica Sylvia se referindo ao protocolo de limpeza adotado no hospital em que trabalha.

O detergente enzimático, utilizado em consultórios médicos e hospitais, é voltado para a dissolução de materiais orgânicos, como resíduos de tecidos corpóreos, muco, pus e sangue. Por isso, é altamente recomendado para uso em ambientes contaminados, como a exposição do novo coronavírus.

 

Fonte: R7