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Educação lança projeto inovador de inclusão de estrangeiros

Brayan Josue Millan Aray, de 11 anos (Foto: Prefeitura de Chapecó)

Com mais de 600 estudantes estrangeiros matriculados da Rede Pública Municipal de Ensino, a Secretaria de Educação de Chapecó (Seduc) lançou um projeto inovador e inclusivo de acolhimento de estudantes estrangeiros, com foco na Educação Integral. A legislação brasileira atribui ao sistema de ensino a obrigação de enturmar os estrangeiros. O diferencial do projeto proposto pela Seduc já se dá no momento da abordagem às famílias, com um olhar amplo, humanizado, inclusivo e integral, busca-se entender e principalmente acolher os estudantes fazendo com que sintam-se integrantes da comunidade escolar e chapecoense.

A educação desempenha papel fundamental na acolhida dos estrangeiros garantindo que se tornem membros atuantes da sociedade a qual estão inseridos, a Seduc promove esta inovação na forma de realizar o nivelamento dos migrantes ou imigrantes a fim de incluir de fato as famílias, a fim de que se sintam incluídos no processo e na comunidade escolar, pois, é necessário verificar o nível de conhecimento que eles possuem mas, ao mesmo tempo, esta avaliação deve ocorrer de formas tranquila e humanizada uma vez que a inclusão já deve ocorrer já no ato da matrícula.

No dia 13 de abril, foi aplicada a primeira avaliação neste formato ao estudante Brayan Josue Millan Aray, de 11 anos, vindo da Venezuela, o qual considera que se saiu bem. Antes mesmo de saber o resultado final, ele disse que isso foi muito importante e que se sentiu valorizado. “Aqui eu aprendo pensar, eu aprendo mais, e é melhor que na Venezuela porque lá eu só copio o que a professora escreve. Tenho o sonho é ser médico para ajudar as pessoas que tenham alguma enfermidade, agora acredito que um dia vou conseguir.”

O pai de Brayan, Ysaac Josue Millan Villarroel, também ficou feliz com a oportunidade: “Na outra cidade que passamos antes de vir para Chapecó, procurei a Secretaria de Educação para matricular mas, disseram que só podia incluir meu filho de 11 anos no primeiro ano daí achei melhor deixar ele em casa porque iria sofrer bullying. Estamos aqui em Chapecó há um mês e já percebi muita diferença para melhor, a escola nos recebeu muito bem e com olhar para nossa história de vida.”

De acordo com a secretária de Educação Astrit Tozzo, este momento é de grande importância para Educação de Chapecó.

“Mais que uma avaliação, ou nivelamento, este projeto é de inclusão, nossa preocupação vai muito além do cognitivo, estamos preparados com o atendimentos de escuta especializada no setor psicossocial para alunos e professores. Também estamos atendendo na Escola Básica Municipal Paulo Freire, jovens e adultos com o curso de Língua Portuguesa e Cultura Brasileira para Imigrantes – BRASIMI, tudo pensado de forma carinhos a fim de acolher as crianças e os jovens bem como familiares”, concluiu.


Fonte: Prefeitura de Chapecó