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Doutoranda da UFSC leva prêmio com projeto que ajuda identificar pacientes que podem desenvolver casos graves da Covid-19

Franciele de Matos Morawski, de 29 anos, venceu premiação nacional com projeto sobre a Covid-19 — Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

Uma doutoranda de 29 anos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), do campus de Florianópolis, venceu um concurso nacional de pesquisa cientifica após criar um projeto que ajuda a identificar quais pacientes com Covid-19 poderão desenvolver casos graves da doença. A premiação ocorreu em abril e foi divulgada pela universidade na segunda-feira (10).

O projeto de Franciele de Matos Morawski, que faz parte do Programa de Pós-graduação em Química da UFSC, tenta identificar no sangue dos pacientes a presença da proteína interleucina-6. Segundo ela, o biomarcador é visto em maior quantidade nas pessoas que foram diagnosticadas com o vírus e que podem apresentam o quadro mais severo da doença.

Segundo a pesquisadora, além de barato, o sensor possibilita agilidade no tratamento. A previsão é disponibilizada em cerca de meia hora e o dispositivo de análise construído é biocompatível e biodegradável.

“Quando o paciente é internado, você conseguiria fazer uma avaliação desses níveis de interleucina-6 de uma maneira rápida e barata, com um sensor que possibilita o monitoramento da proteína em tempo real e, a partir disso, auxiliar a equipe médica para tomar decisões sobre manter o paciente em observação e fazer um maior acompanhamento”, afirmou a pesquisadora.”

Doutoranda da UFSC é premiada por projeto antecipa casos graves da Covid-19

Com o projeto, Franciele ficou em primeiro lugar na edição deste ano do Tech Women Paper Contest, que premia mulheres cientistas no Brasil. O próximo passo para desenvolver o aparelho é usar o método em amostras de pacientes internados no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC), na Capital.

O desenvolvimento da pesquisa de Franciele ocorreu sob orientação da professora Cristiane Jost, em parceria com os professores André Bafica e Alexandre Parize. A partir da parceria, e em conjunto com a pós-doutoranda Greicy Dias, foi possível realizar os testes, ensaios clínicos e validação da pesquisa.


Fonte: G1