Histórico da doença não é considerado fator de risco, mas o pulmão com função prejudicada pode levar a quadros mais graves
Histórico de tuberculose, por si só, não caracteriza fator de risco para o novo coronavírus, porém, o infectologista Marcos Cyrillo, diretor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), explica que as sequelas deixadas pela doença podem prejudicar o quadro do paciente infectado pela covid-19.
“A tuberculose cria cicatrizes, fibroses, estrias, cavernas. Se o seu pulmão está muito prejudicado e você pega o coronavírus, pode ter um caso agravado, vai depender muito do tamanho da sequela e de outros fatores, como a sua imunidade e a carga viral.”
Ele explica que o tratamento da tuberculose leva 6 meses e que uma pessoa em tratamento, com a doença ativa, pode ter o quadro agravado pela covid-19. “Vai causar uma inflamação em um órgão que já está debilitado”.
A Infectologista Glória Brunetti, do pronto-socorro do Hospital Emílio Ribas, alerta que a tuberculose, por ser uma doença silenciosa, precisa de uma atenção especial. “O risco não está relacionado em contrair a infecção, e sim de evoluir para um quadro mais grave.”
Segundo Cyrillo, outras doenças que tenham prejudicado o desempenho de órgãos afetados pelo coronavírus podem acarretar quadros mais graves, assim como doenças em tratamento ou controladas.
“Se você tem câncer, mesmo que ele não esteja em atividade, ou doenças autoimunes, doenças no rim, o vírus vai inflamar um órgão que já tinha a função alterada, isso pode agravar o quadro.”
Fonte: Portal R7