Durante o velório das seis pessoas da mesma família que morreram na tragédia de Presidente Getúlio, no Alto Vale do Itajaí, o corpo de um dos outros três parentes desaparecidos foi encontrado. Na tarde desta sexta-feira (18), Bruna Bozan, 27 anos, foi reconhecida pelo Instituto Geral de Perícias enquanto o marido, Andrei Bozan, 28, era velado no salão paroquial de uma igreja luterana da cidade vizinha, Ibirama. O salão do município está sendo utilizado como unidade de saúde.
Daniel Wiese, 44, a esposa Francieli Wiese, 34, e o filho Ariel Wiese, de apenas cinco anos, foram velados junto com Dieter Wiese, 50, irmão de Daniel, Elsa Wiese, 82, mãe dos dois e Andrei, neto dela. Além disso, no mesmo local ocorreu a despedida de Vera Odorizzi, 48, que não tinha ligação com os seis.
Apesar do coronavírus, o salão encheu. A funerária responsável informou que não foi possível seguir os protocolos de prevenção (com horários reduzidos de velórios e com poucas pessoas) devido à grande comoção gerada. A tragédia forçou uma exceção. Na cerimônia de despedida, por volta das 17h, cerca de 100 pessoas participaram dentro e fora da estrutura que abrigou os sete caixões lacrados lado a lado, repletos de coroas de flores. Nem o pastor conseguiu segurar o choro:
– As palavras não expressam o sentimento. Eles cantaram muitas vezes com a gente, é muito difícil. Por que pessoas boas passam por coisas ruins? – desabafou no palco.
Durante a fala, o pastor informou que Bruna havia sido encontrada sem vida. Depois do enterro, o velório da jovem mulher começou a ser organizado. Bruna vivia com Andrei perto da casa da sogra. Deixaram o imóvel no momento da enxurrada e acabaram arrastados. Casados há quatro anos, planejavam terminar de construir a estrutura e ter filhos.
O enterro dos sete ocorreu no cemitério da igreja luterana de Presidente Getúlio no final da tarde desta sexta. Bruna será enterrada no mesmo local que o marido.
Fonte: NSC Total