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Coragem e reinvenção

Paixão pelo que fazem, persistência e otimismo. Estas são algumas características marcantes entre aquelas pessoas que decidem enfrentar o desafio de abrir seu próprio negócio.

O empreendedorismo não é uma tarefa fácil e no cenário de incertezas que vivemos, em meio a uma pandemia que atinge não só a saúde, mas praticamente todas as áreas da sociedade, a capacidade para encontrar novas formas de produzir ou prestar serviços para continuar atendendo a demanda dos consumidores é ainda mais relevante.

“Embora o termo empreendedorismo seja muito associado ao fato de ser dono de uma empresa, suas características são extremamente exigidas dos trabalhadores também. E quem as desenvolve, aumenta em muito as chances de se manter empregado. Todas as empresas, de qualquer tamanho ou segmento, estão precisando rever seus planos e estratégias para se manter no mercado”, explica o empresário André Luiz Machado, sócio da Money Mind.

Para o consultor, um negócio competitivo no mercado deve priorizar as pessoas envolvidas – interna e externamente. “Os negócios que mais se destacam são aqueles que mais investem nas pessoas.

Do lado dos funcionários, investindo para tê-los envolvidos e engajados; do lado dos consumidores, investindo para ouvir e entender como atender suas demandas”, afirma. “Costumo dizer que para um negócio se manter competitivo ele precisa ser útil: útil aos seus sócios e acionistas; útil aos seus clientes; útil aos seus colaboradores e fornecedores”, complementa Machado.

Nos últimos meses, o meio digital tem sido uma alternativa para muitos negócios – aqueles que ainda não estavam adaptados, tiveram que acelerar este processo. Porém, André alerta: o segmento não se resume apenas às mídias sociais, passar a vender pelo WhatsApp ou ainda, a fazer tudo online.

“Estamos vendo as dificuldades que todo o setor educacional está enfrentado ao passar para o formato de aulas online: alunos com baixos níveis de aprendizagem, professores despreparados; pais insatisfeitos. Portanto, para cada tipo de negócio é preciso avaliar com muito cuidado se faz sentido estar no meio digital e, em caso afirmativo, como se posicionar nesse novo ambiente”, reforça.

Algumas pessoas se viram obrigadas a repensar sua vida profissional. Nesse contexto, abrir o próprio negócio aparece como sendo uma das alternativas. Entretanto, outro altera trazido por André é que se evite empreender como uma “aposta”. “Empreendedores têm paixão pelo que fazem e são otimistas e persistentes.

Mas, desfrutam dessa condição porque sabem calcular riscos ao invés de se deixar levar pelas apostas. Por esse motivo, a principal orientação que dou para quem está nessa fase de transição é que, em termos de negócio, dediquem um bom tempo ao planejamento e, em termos pessoais, que comecem a se acostumar a tomar decisões de forma solitária e independente.

Outro ponto muito importante é não misturar o dinheiro pessoal com o da empresa”, orienta o empresário.

 

Fonte: Correio do Povo