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Cometa Neowise poderá ser visto do Brasil a partir da próxima quarta (22)

Foto: Reprodução/NASA

O cometa Neowise, descoberto pela Nasa em 27 de março, poderá ser visto pelos brasileiros, a olho nu, a partir de quarta-feira (22). Moradores do Sudeste poderão vê-lo com maior nitidez neste dia, e os da região Sul, por volta do dia 26.

Nas regiões Norte e Nordeste, ele aparecerá melhor do que no Sudeste, que, por sua vez, terá uma visão mais nítida de quem mora no Sul.

Sua aproximação máxima da Terra será na quinta (23): 103 milhões de quilômetros.

Segundo o astrofísico Roberto Dell’Aglio Dias da Costa, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), o cometa Neowise deve ficar visível nos dias indicados depois do pôr do sol, bem junto ao horizonte, no sentido noroeste.

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Será preciso olhar para o ponto em que o Sol está se pondo e direcionar os olhos um pouco para a direita. “Como vai ser muito baixo no horizonte, o observador precisa procurar um horizonte limpo, sem prédios e um lugar escuro, em noite sem nuvens”, indica Costa. Um binóculo certamente vai ajudar.

Mas vale um lembrete para quem se interessar por registrar sua presença: fenômenos como esse variam muito de um dia para o outro e nem sempre as condições do céu permitem a observação.

No Hemisfério Norte, ele provocou um raro espetáculo. Fotos mostram um luminoso corpo redondo acompanhado por uma cauda igualmente brilhante atravessando os céus da Itália e da República Checa, por exemplo. Na quarta (15), o Neowise passou pelo deserto de Nevada, nos EUA.

“No Hemisfério Norte foi um show, muito bonito, mas nada garante que será assim no Hemisfério Sul, porque à medida que os dias vão passando o cometa vai se afastando do Sol e ficando mais fraco”, explica o astrofísico Roberto Dell’Aglio Dias da Costa, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP).

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Só daqui a 6.800 anos

É a ação solar que permite que os cometas sejam vistos. Como são compostos por um núcleo de gelo, o calor do Sol provoca a sublimação desse material, transformando-o de sólido em gasoso. O gás que sobe pela superfície do corpo dá a visão do brilho que rasga o céu em sua passagem. Quanto mais longe do Sol, menos partes são desprendidas e menos visível ele fica.

O Neowise recebeu o mesmo nome do telescópio espacial, lançado pela Nasa em 2009, que o descobriu em março. A partir daí, estimou-se que ele tem uma órbita de aproximadamente 6.800 anos – ou seja, esse é o tempo que ele demora para dar uma volta completa em torno do Sol.

Isso significa que a próxima “passagem” do Neowise pela Terra, depois da atual, é calculada pelos astrônomos para daqui a 6.800 anos.

 

Fonte: CNN Brasil