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Coluna | Só um adendo | Natal! Feliz Natal!


Natal! Feliz Natal!

Por Briann Ziarescki Moreira

Natal sempre foi um momento do ano muito especial para mim. Não vou mentir aqui e dizer que os presentes não importavam, porque definitivamente importavam sim. Me lembro que em um desses feriados quando pequeno, ganhei uma caixa enorme de madeira onde dentro havia inúmeros blocos de madeira coloridos dos mais diversos tamanhos e formas. Brincava por horas com aquele brinquedo, montando casas, castelos e o que viesse em minha imaginação. Aquele foi um Natal realmente especial.

Mas Natal para mim também era o momento de reencontrar meus familiares, ir na casa da vó, comer muito e dar risada até ficar sem ar. Sempre morei longe deles, em outras cidades, estados e regiões desse Brasil, então Natal era o momento de voltar para casa. Dar aquele abraço apertado que matava em um segundo toda a saudade de meses sem se ver. Colocar a conversa em dia com os primos, contar para os tios das namoradas e explicar para a avó que eu não sei o porquê de estar tão magro. Então sim. Todos os Natais são realmente especiais para mim.

Um feriado tão importante merece uma preparação prévia. Guirlandas nas portas, toucas vermelhas na cabeça, pinheirinhos montados e super enfeitados são o mínimo que espero dessa época do ano. Mas entrar em clima natalino requer mais. Necessita-se adentrar em dezembro já em clima de festa, mas como? Trabalhando até dia 24 de meio-dia torna complicado ter tempo para festas. É aí que entra a magia do cinema!

Filmes natalinos são um dos gêneros mais rentáveis de toda a história cinematográfica, e não é para menos! Afinal, quem não gosta de uma boa comédia natalina para assistir em família ou até mesmo sozinho? Pensando nisso, trarei três filmes natalinos que vão te ajudar a entrar de cabeça no espírito natalino. Então suba no trenó e ho-ho-ho!

Klaus (2019):

Pense em um filme lindo. Realmente não dava nada para esse longa de animação da Netflix com temática natalina. Mas que surpresa agradável! O filme traz a clássica história de alguém rabugento que descobre que fazer o bem aos outros é o melhor presente que se pode receber. Mas mesmo formulaico, a animação consegue ter seu próprio charme e encantar de diversas maneiras seu público.

  A começar pela bela animação repleta de detalhes e caricata na medida certa, o filme conta ainda com uma bela e radiante trilha sonora que acompanha de forma perfeita a jornada do protagonista. E não somente seguimos a história do carteiro. Todos os coadjuvantes possuem arcos que são muito bem explorados e satisfatórios de se acompanhar. Até a cidade animada possui sua própria redenção, ganhando cores e vida da forma mais bela possível.

Outro ponto que vale destaque é a dublagem excelente brasileira que conta com Rodrigo Santoro, Daniel Boaventura, Fernanda Vasconcellos entre outros. Valorize a dublagem nacional e, se tiver um tempinho (pouco mais de uma hora e meia), se encante com esse belo conto natalino!

Esqueceram de Mim (1990): 

Clássico vitalício da sessão da tarde, o longa estrelado por Macaulay Culkin é o próprio significado de diversão. Dirigido por Chris Columbus, o filme traz um conto natalino às avessas com extremo controle e uma boa dose de aventura. Inventivo e perspicaz, a direção consegue com muito talento transformar a residência dos McCallister em um ambiente repleto de situações icônicas. 

Escadas escorregadias, maçanetas quentes, ferro de passar e até uma tarântula: tudo se transforma em puro entretenimento no longa. O jovem Macaulay esbanja carisma e te ganha no primeiro grito após passar a loção pós-barba. Carregando o filme do início ao fim, o arco do protagonista é muito bem construído e todas as interpretações coadjuvantes corroboram para sua redenção final.

Com uma direção fantástica e um roteiro redondinho, o filme é um convite para encher o sofá, estourar a pipoca e se divertir em família. Talvez essa seja a principal lição que o longa tem a nos mostrar: a família é nosso maior presente. Sem ela, esse final de ano perderia o brilho mesmo com todas as luzes nas janelas. Valorize-a enquanto a tem. 

A Felicidade Não se Compra (1946):

Esse é um caso especial. Um dos longas mais amados da história do cinema, é praticamente um clichê assistí-lo na época natalina. Mas quem não gosta de um bom clichê? E põe bom nisso. Estrelado por James Stewart, o filme traz por meio de flashback´s a vida de um homem a beira do suicídio que, ao ser encontrado por seu anjo da guarda, reencontra sua razão de viver, que no caso nunca havia se perdido.

Extremamente otimista, a produção jamais deixa que isso se torne um problema, pois o mundo necessita de mais positividade. Nessa questão central se ancora todo o roteiro que faz questão de apontar – veementemente – que há sempre uma luz no final do túnel, e que onde uma porta se fecha uma janela se abre, e assim por diante. 

Além de toda sua poética mensagem, o filme é muito bem feito. Com uma direção precisa que conduz o filme de forma leve, orquestrando diversos momentos que ficarão com toda certeza em sua memória, em especial lembro a cena final onde todos cantam uma bela canção natalina. Impossível não se emocionar! Considerado como o filme americano mais inspirador de todos os tempos, A Felicidade Não se Compra mostra que a vida pode se mostrar maravilhosa quando nos cercamos daquilo que realmente importa. Tenham todos um feliz Natal!