AS mudanças nas últimas décadas impactaram em demasia a sociedade. O avanço das tecnologias, da ciência, da computação, e outras, trouxe melhoria na capacidade produtiva de bens e serviços e multiplicou a quantidade produzida. Isso no lado produtivo da atividade econômica.
No foco da saúde reduziu-se a mortalidade infantil, mas, a fome, as pandemias, a imigração trouxe a foco outros problemas da humanidade. Portanto, cabe um questionamento sobre as atuais diretrizes da economia mundial. Se vivemos um risco, é por que não soubemos criar regras éticas nessa economia globalizada.
A vida como direito principal requer a recuperação de valores éticos, a proteção de direitos econômicos e sociais, e uma relação mais civilizada nesse contexto global. A humanidade precisa repensar sua atuação e os verdadeiros valores que importam para as pessoas. Por enquanto, o foco está apenas no lucro, no financeiro, um olhar disfarçado para os lados e de pouca consideração para com as responsabilidades sociais e ambientais.
É o tal fundamentalismo do mercado. A coerência entre Ação e Prática deveria levar as empresas a dar oportunidade de inclusão a jovens marginalizados e levar as empresas a participar de alianças estratégicas para a resolução de questões essenciais. Oportunizar emprego a jovens carentes de bairros pobres é uma ação de inclusão, que leva além da obtenção de renda, à avaliação de valores importantes da sociedade.
Enquanto o Estado não cumpre seu papel de indutor de políticas públicas de proteção a interesses coletivos em áreas estratégicas, a sociedade civil tem que buscar isso. Avaliem os contextos e façam suas escolhas. Precisamos de mais civilidade e menos jogos de interesse.
Odair Balen
Diretor de Relações Sociais e Ambientais da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC)