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Coluna | São as pessoas que importam – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

Atores de Desenvolvimento Sustentável vinculados à Agenda 2030, (ONGS, universidades, fóruns, movimentos sociais, fundações, federações) organizaram estudo, cujas principais ações foram no sentido de atuar na construção de parcerias, no alinhamento de políticas públicas e orçamentos, além da produção de conteúdos e análises críticas propositivas para atender aos 17 objetivos propostos até o final desta década, a partir da 70ª Convenção Geral da ONU, em 2015. Cabe salientar, que esses 17 Objetivos possuem 169 metas, as quais foram mensuradas no estudo, por 248 indicadores, sendo que, 7 desses indicadores não se aplicam ao Brasil.

A partir daí, se criou uma classificação para as metas: Retrocesso, Meta ameaçada, Meta estagnada, Progresso insuficiente e Progresso satisfatório. O Brasil, país de muitos contrastes, ainda possui 37% da sua população,ou seja, 77 milhões de habitantes, sem saneamento básico, 13% da população não possui moradia adequada a uma boa qualidade de vida, e 28% da população ainda pode ser considerada analfabeta, limitados em conhecimento.

Em relação ao primeiro objetivo, a erradicação da Pobreza, o país precisa revisar as medidas tomadas nos últimos cinco anos, pois piorou a situação nesse objetivo. Em relação aos demais objetivos (outros 16), o Brasil possui retrocessos em relação às políticas que fortaleçam as capacidades de adaptação às mudanças climáticas, correção do solo, produtividade (Fome zero e agricultura sustentável), em relação à saúde e bem estar, ainda persiste a falta de cobertura universal da saúde e muitas mortes que ocorrem em função de contaminação química e poluição na natureza.

O quarto objetivo sobre Educação de Qualidade, de 10 metas estabelecidas para esse objetivo, quatro delas tiveram retrocesso. No objetivo Igualdade de gênero o país possui dificuldade de acabar com as várias formas de discriminação e de eliminar a violência contra as mulheres. Em relação à água potável e ao saneamento, há falta de cuidados na preservação dos mananciais, com os ecossistemas relacionados à água, e fortalecimento das comunidades para a gestão da água e do saneamento. Em relação às energias limpas e acessíveis é necessário melhorar a eficiência energética e faltam dados e informações sobre esse objetivo. Em relação a trabalho decente e crescimento econômico (8 0bjetivo) todas as informações retrocederam. Sobre Inovação, indústria e infraestrutura as metas estão estagnadas.

No objetivo redução das desigualdades o país retrocedeu em todas as metas e em Cidades e comunidades sustentáveis as metas estagnaram, retrocederam, ou, estão ameaçadas. Sobre Consumo e Produção Responsáveis algumas metas foram cumpridas de modo insuficiente, ainda há desperdício excessivo de alimentos e pouco conhecimento sobre reaproveitamento de alimentos. No Objetivo Ação contra a mudança global do clima, nada se fez, e todas as metas retrocederam. Os indicadores referentes ao Objetivo Vida na água foram bons no país. Vida terrestre (15), Paz, Justiça e Instituições eficazes (16), e Parcerias e meios de implementação (17) completam os objetivos e nenhum deles teve destaque, os indicadores foram de retrocesso ou de insuficiência.

Chapecó, nossa cidade que completa 103 anos neste dia 25, possui 626 km2, perto de 220 mil habitantes, de crescimento populacional rápido, como estão o saneamento e os demais Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs), em nossa cidade?? Chapecó possui três áreas indígenas, há em torno de 2.640 propriedades rurais conforme o Cadastro Ambiental Rural, e perto de 60 mil domicílios urbanos. Se liguem, somos parte desse contexto, transformações e mudanças, para uma vida mais sustentável e equilibrada, dependem das pessoas.

Odair Balen

Diretor de Relações Sociais e Ambientais da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC)