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Coluna | São as pessoas que importam | Incertezas

Coluna: São as pessoas que importam, de Odair Balen. Imagem: Barriga Verde Notícias

Vivemos época de incertezas. Às vésperas de retomar as aulas da maneira normal, isto é, com a frequência nas salas, a pandemia retorna de forma avassaladora na região de Chapecó. O que fazer? Não há nada certo. Aguardaremos as determinações dos responsáveis que estão à frente do poder público, e que já não podem utilizar o viés ideológico para as decisões, e sim, cuidar da população baseados em critérios técnicos, devido ao elevado número de pessoas que já foram transferidos para outras cidades, porque Chapecó já não tem estrutura hospitalar para atender todos os que necessitam de internação. Precisamos voltar ao equilíbrio.

Na Educação, o prejuízo é maior para aqueles jovens e crianças mais pobres, que não tem acesso aos recursos tecnológicos para o aprendizado, e as condições da vida sofrida que vivem todos os dias, também, não estimula as crianças a estudar. Há uma facilidade maior para a evasão e a desistência da escola. Os jovens de famílias mais abastadas resolvem com mais facilidade essas dificuldades com o recurso da tecnologia. A socialização exercida na escola graças à convivência com os colegas, deixa de existir para as crianças pobres, dificulta o desenvolvimento de relações humanas, e cria crianças problemáticas, principalmente, se provém de famílias com valores deturpados e de convivência próxima com o tráfico, algo normal em comunidades pobres. No entanto, como tratamos de educação e de futuro, a tendência é de se manter o status quo, onde os pobres já recebem renda muito menor, porque não desenvolveram qualificação suficiente para melhorar a renda, vivem dificuldades financeiras maiores, e por isso, não terão facilidades para acessar renda mais elevada. Isso, acontece com forte colaboração da pandemia.

Odair Balen


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