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Coluna | São as pessoas que importam | Covid no Brasil

Covid no Brasil

O que a Covid mudará no Brasil ?  O desafio para entender o impacto é grande. Medidas foram introduzidas para retardar a propagação do vírus, com impacto muito maior nas regiões mais pobres do país, e nos bairros e favelas dos municípios. Medidas econômicas negociadas antes da Pandemia ainda não puderam contribuir para o equilíbrio macroeconômico do país, principalmente, aprovação do teto dos gastos de 2016 e a reforma da Previdência de 2019.

Além disso, comprometeu a economia brasileira a demanda na saúde em função da pandemia, dependente dos preços externos, internamente, houve redução na demanda e na produção pela falta de interação das pessoas no mercado interno, e os preços para as exportações do petróleo brasileiro que tiveram seu preço reduzido no mercado mundial pela baixa demanda pelo produto, devido à Pandemia.

De imediato, identifica-se que os que o impacto negativo será maior para aquelas pessoas que possuem baixa renda, para as pequenas empresas, e para os municípios pequenos e estados já endividados. Nas pequenas empresas não há muito trabalho que pode ser realizado de casa e a interação com as pessoas é algo muito presente no dia a dia, e os municípios pequenos já sofrem com a falta de recursos, como há menos vendas, também haverá menos arrecadação, e acabam se tornando dependentes do estado.

Empresas de energia como a Petrobrás, sofrem impactos enormes, e isso, principalmente, no caso da Petrobrás, diminui o repasse de royalties aos estados, a geração de lucro pelo preço baixo reduzido, e a geração de empregos. A redução do petróleo pouco impacto terá para os consumidores na redução do preço dos produtos. O transporte aéreo e o transporte urbano também estão sendo muito prejudicados.

Na verdade, haverá uma instabilidade para se obter o equilíbrio fiscal planejado antes da pandemia, para se obter a redução do endividamento púbico, maior problema dos fundamentos econômicos, pois, outros fundamentos como a inflação e o Balanço de pagamentos estão sob controle. A questão ambiental de longo prazo foi desleixada, as organizações e pessoas passaram a se preocupar coma questão do curto prazo, a Covid-19.

Somos imediatistas, e as questões de longo prazo ficam em segundo plano quando há algo urgente para se preocupar. Já temos mais de 120 mil mortos. O homem público precisa voltar a se preocupar com valores, a qualidade de vida de uma sociedade e o seu grau de civilização dependem muito das expectativas oferecidas pelo homem que ocupa a função pública.

Odair Balen

Diretor de Relações Sociais e Ambientais da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC)