Coluna | Não é só Futebol
Pelas mãos de João
Na manhã deste domingo (16), a Chape fez sua estreia na Arena Condá na série B do Brasileirão frente ao recém promovido Sampaio Corrêa. Com a magra vitória por 1 a 0, o Verdão assumiu a sexta posição no certame (lembrando que teve um jogo adiado frente ao CSA).
O jogo
Antes mesmo da bola rolar, já havia um favoritismo implícito em favor da Chapecoense. Novato na Série B e com duas derrotas nas primeiras rodadas da competição, imaginava-se que o time maranhense viesse fechado para buscar um ponto em Chapecó. Após uma lambança da zaga “boliviana”, o Verdão abriu o placar logo aos cinco minutos de jogo.
O enredo parecia desenhado, e o mais otimista dos torcedores alviverdes já vislumbrava um triunfo com certa tranquilidade. Ledo engano. Após o tento marcado, a Chape simplesmente parou de jogar. Abaixou suas linhas e deixou o Sampaio Corrêa à vontade no jogo. Com boas triangulações e jogadas de aproximação, os visitantes dominaram completamente as ações na primeira etapa.
Sob o comando de Gustavo Ramos e Marcinho, o Sampaio chegava frequentemente com perigo à meta do arqueiro João Ricardo. Houveram chutes venenosos de longa distância, bola no travessão e pelo menos três milagres do goleiro alviverde. A Chape estava perdidinha em campo, e suou para levar a vantagem no placar para o intervalo de jogo.
Com a saída de Foguinho (apagado) no intervalo e a entrada de Vini Locatelli no meio de campo do Verdão, o time ficou mais encorpado, mais bem posicionado e perigoso. A Chape cresceu de produção nos minutos iniciais, e teve uma chance de ouro para ampliar o placar através de um pênalti (sofrido por Vini) logo aos dois minutos.
Alan Ruschel telegrafou e o arqueiro do Sampaio fez boa defesa. A Chape teve grandes oportunidades de aumentar a vantagem no marcador, com Aylon e Paulinho Moccelin, mas faltou pontaria aos atacantes alviverdes.
As alterações que Louzer promoveu, a partir daí, tiveram motivações muito mais de cunho físico do que técnico, visto o desgaste que um jogo às 11h promove nos atletas. Confesso que gostaria de ter visto o menino Paulinho, que atua pela ponta esquerda, entrando no lugar de Moccelin, mas creio que a complexidade do embate e a indefinição no placar tenham feito o comandante alviverde optar por Roberto, que possui maior poder de marcação que o garoto revelado pela base da Chape.
Obviamente que o mais importante em uma competição tão equilibrada como a Série B é vencer, porém, liga-se um sinal de alerta na Chapecoense. As últimas três partidas do Verdão foram de atuações muitas vezes preguiçosas e displicentes.
A derrota frente ao Criciúma (venceu nos pênaltis), o empate contra o Oeste e a vitória frente ao Sampaio Corrêa (lanterna) tendo sido amplamente dominado em um dos tempos do jogo, demonstra que as atuações têm de melhorar, sob pena de ser punido em um jogo contra um adversário de maior qualidade técnica.
O próximo desafio da Chape é o favorito Cruzeiro, no Mineirão. Esperamos mais intensidade e atenção durante os 90 minutos, para que possamos comentar uma vitória que não passe pelas mãos de João Ricardo, mas sim, pelos pés dos atacantes.
#VamosChape
Derlei Alex Florianovitz