Site icon Barriga Verde Notícias

Coluna | Não é só futebol | Cincun?


Cincun?!

O futebol é mesmo uma caixinha de surpresas. Após o empate frente ao Vitória, no último final de semana, poucos foram os torcedores otimistas por um resultado positivo frente a tradicional equipe da Ponte Preta, nesta terça-feira, no Moisés Lucarelli. Particularmente, acreditava que um empate em Campinas estaria de ótimo tamanho.
Foi então que a bola rolou.
 
Jogando de forma ofensiva e envolvente, a Chape demonstrou logo nos primeiros minutos que seria um time diferente do que vinha atuando nas últimas partidas. Não tanto pelas peças, que pouco mudaram, mas sim pela postura. Dentre os destaques, podemos citar o importante retorno de Ezequiel na lateral direita, que deu equilíbrio ao setor defensivo e alternativas por este flanco do campo, e o surpreendente posicionamento de Ruschel no meio, mantendo Busanello na lateral esquerda.
Esse merece uma menção especial.
 
Busanello foi o melhor jogador da Chape durante os 90 minutos. Seguro na defesa, rápido nos contra-ataques, confiante nos arremates. Foi através do jovem jogador proveniente da base do Verdão que o esquadrão oestino abriu o caminho da vitória, afinal de contas, foi com o chute que gerou o rebote do primeiro gol de Moccelin e da cobrança ensaiada de falta e dos pés da própria cria do Condá que saiu o segundo gol da Chapecoense.
Há muito tempo o Verdão não marcava dois gols em um só jogo (a última ocasião havia sido contra o Guarani, também de Campinas, porém, na Arena Condá). Nem o mais fervoroso dos torcedores alviverdes poderia imaginar a “sapatada” que se desenharia na sequência. Priorizando um futebol ofensivo, de objetividade, entrega e foco, a Chape foi construindo sua vitória e, ao natural, goleou a Macaca por 5×0, fora de casa. Um resultado que encheu de orgulho seu torcedor, deu a liderança ao Verdão e criou expectativas realistas em relação a um possível acesso à série A.
Tecnicamente falando, além de Busanello, podemos destacar a grande atuação de Willian Oliveira, soberbo na proteção da zaga, da dupla Joilson e Luiz Otávio, a cada dia mais entrosados e seguros, de Paulinho Moccelin, incansável na marcação e construção de jogadas ofensivas, e de Anselmo Ramon, cerebral e calculista, mostrando uma frieza ímpar na cobrança da penalidade máxima, lembrando o saudoso Bruno Rangel.
Com 33 pontos e chegando a liderança da série B, faltam apenas 12 pontos para o primeiro objetivo da Chape ser alcançado na competição; a permanência matemática da equipe para o certame de 2021, porém, já está aberta a temporada da ilusão. Torcedor chapecoense, já é permitido sonhar em voltarmos a figurar na elite do futebol nacional, a lotar a Arena Condá e empurrar nosso time contra os gigantes do país. Com o trabalho, dedicação e seriedade deste grupo de jogadores, aliado ao profissionalismo de comissão técnica e direção, o futuro da Chape mostra-se promissor, e poderemos brevemente, ecoar ao continente, que aqui está, e segue firme, a campeã Chapecoense.
Jogo a jogo, objetivo a objetivo, com pés no chão, responsabilidade e seriedade, #VamosChape