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Coluna: Desenvolvimento Humano

Gestão do tempo escolar familiar em tempo de isolamento social

Estudar, desenvolver-se, superar as expectativas em relação a si mesmo, ampliar as fronteiras do conhecimento, atingir o mais alto grau de evolução e de integração dos conhecimentos, a sabedoria, quando é a melhor hora? Nesse sentido, nobres leitores, que queremos pensar e conversar.

Evidentemente não existe a melhor hora e nem o melhor momento da vida para buscar todas essas características e qualidades. Tradicionalmente, entende-se que a primeira infância, a adolescência e a juventude como a melhor fase para correr em busca do desenvolvimento pessoal, social e profissional.

Porém, com as constantes mudanças econômicas que impactam as organizações e principalmente as relações de trabalho, entende-se, que o melhor tempo para aprender algo novo é sempre, essa oportunidade está sempre no aqui e no agora. Por isso, queridos pais e nobres professores.

Como fazer a gestão do tempo escolar no ambiente familiar? 

Importante que os professores tenham consciência que nesse momento sutil que estamos vivendo, qualidade não é necessariamente o sinônimo de quantidade, por isso, precisam rever os objetivos de aprendizagem, ampliar as fronteiras do planejamento e procurar ser sutilmente preciso nas atividades que serão encaminhadas para a vivência pedagógica no ambiente familiar.

Nesse sentido, podem explorar inúmeras habilidades, inclusive aquelas destacadas pela Base Nacional Comum Curricular, como:  Conhecimento, Pensamento científico, crítico e criativo, Repertório cultural, Comunicação, Cultura digital, Trabalho e projeto de vida, Argumentação, Autoconhecimento e autocuidado, Empatia e cooperação, Responsabilidade e cidadania.

Esses conceitos essências permitem uma múltipla abordagem, mas destaco aqui, que nesse momento é importante estimular a conversação familiar em torno daquilo que se deseja que o estudante aprenda de forma autônoma mediada pelos professores e aquilo que que a criança precisa do apoio e do incentivo dos pais.

A reorganização de conteúdos e das formas de avaliação precisa ser também resinificada.

 Para as famílias é fundamental que se crie uma rotina pedagógica para o ambiente familiar onde a criança tenha, espaço e tempo, dedicado a resolução dos encaminhamentos realizados pela escola.

Nesse sentido, a família precisa fazer um contrato de convivência com o estudante para que diariamente ele esteja se permitindo aprendizagens significativas e mediadas. Dificilmente alguém fará progresso em qualquer proposta de desenvolvimento sem uma rotina e também um certo rigor disciplinar e metodológico dedicado ao processo.

Para pais estudantes e professores, importante não sobrecarregar nesse momento. Porém, sagrado é ser responsável na condução dos processos de maneira que se tenha continuidade, progressão nas sequências didáticas e desenvolvimento humano mediado pelo diálogo. 

 

Vianei Luis Hammerschmitt
Gestor Escolar, Professor Universitário e Palestrante