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Coca-Cola reorganiza estrutura e transfere comando da América Latina para o Brasil

Como parte de uma reestruturação global, a Coca-Cola decidiu transferir o comando da operação da companhia na América Latina para o Brasil. Com a mudança, o presidente da Coca-Cola Brasil, Henrique Braun, assumiu no mês passado o comando da operação da gigante de bebidas em 22 países das Américas do Sul, Central e Caribe, mais o México.

Até então eram 4 unidades de negócios na América Latina: Brasil, México, Latin Center e South Latin. Com a mudança, a coordenação das filiais do Paraguai, Uruguai, Chile, Peru e Bolívia será transferida da Argentina para o Brasil.

“Na América Latina, a reorganização contempla a criação de três novas zonas geográficas que trabalharão em estreita colaboração com as equipes de liderança globais. A Argentina se integrará na nova estrutura para o sul da região, que inclui também Brasil, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia”, informou, em nota, a Coca-Cola.

Apesar do novo desenho representar uma mudança simbólica para a região, a Coca-Cola afirma que se trata de uma reestruturação corporativa, sem qualquer relação com fábricas.

Após as repercussões da decisão, a Coca-Cola divulgou uma nota negando categoricamente a transferência de suas operações na Argentina.

“A Coca-Cola Argentina desmente categoricamente que esteja contemplando uma transferência de suas operações. A companhia e suas engarrafadoras seguirão operando com o mesmo compromisso com que vêm atuando há 78 anos naquele país”, disse a companhia.

Segundo a empresa, a reestruturação na região faz parte de uma reorganização que está sendo feita em nível mundial “com o objetivo de acelerar a estratégia de crescimento”, combinando “a capacidade de sua escala global e as necessidades locais dos mercados”.

A partir de 1º e janeiro, a Argentina será integrada à nova estrutura para o sul da região, que também inclui Brasil, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia, explicou a multinacional.

“Roberto Mercade foi nomeado presidente da Operação Norte (México), Luisa Ortega, presidente da Operação Central (Colômbia, Equador, Venezuela, Peru e outros países da América Central e do Caribe), e Luis Felipe Avellar, Presidente da Operação Sul (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai)”, informou a Coca-Cola.

A companhia possui atualmente 11 fábricas na Argentina, que empregam mais de 12 mil funcionários.

Segundo o jornal “Clarín”, a reestruturação deverá resultar em um enxugamento da estrutura da companhia na Argentina. A reportagem afirma que a empresa já lançou um plano de aposentadoria voluntária no Canadá, Estados Unidos e Porto Rico, e que o programa será estendido para o país.

O jornal “La Nacion” afirma que uma questão em aberto é o que acontecerá com o prédio de escritórios que a Coca-Cola inaugurou há poucos anos na Avenida General Paz, em Buenos Aires, e que era até então ocupado por funcionários encarregados de funções regionais.

Fonte:G1