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Chapecó confirma dois casos da variante de Manaus

(Foto: Zanone Fraissat / Folhapress)

Dois casos da nova variante da Covid-19 foram confirmados em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. A informação foi confirmada pelo prefeito João Rodrigues (PSD) nesta manhã de segunda-feira (8). Trata-se da P1 do vírus SARS Cov-2, conhecida como a variante brasileira, identificada primeiro em Manaus.

Rodrigues disse ainda que além destes dois casos em Chapecó, foi confirmado um no Estado do Rio Grande do Sul. “É a nova cepa, oriunda supostamente de Manaus, confirmada em Chapecó. São três casos confirmados. Dois aqui em Chapecó e outro também daqui, confirmado no Rio Grande do Sul”, confirmou.

A SUV (Superintendência de Vigilância em Saúde) informou que as pacientes são duas mulheres, de 31 e 52 anos. Os casos são autóctones, que é quando a doença é contraída dentro do Estado. As amostras genéticas foram coletadas no dia 29 de janeiro e os resultados saíram no dia 5 de março.

A nova variante da Covid-19 pode ter uma carga viral até dez vezes mais elevada e é capaz de iludir o sistema imunológico de quem já possuía anticorpos. “Temos que ficar atentos aos sintomas. O óbito é muito rápido, o agravamento da doença é muito rápido”, finalizou o prefeito.

Colapso

Chapecó vive um colapso no sistema da saúde com a superlotação dos hospitais em decorrência do aumento de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. São mais de 30 mil casos, sendo que 4,2 mil pacientes estão na fase ativa do vírus.

Em fevereiro, a cidade bateu recorde no número de mortes em função do novo coronavírus e chegou a 346 óbitos pela doença. Sem leitos de UTI Covid, dezenas de pacientes já foram transferidos para outras cidades.

Santa Catarina

A SES (Secretaria de Estado da Saúde) informou no fim de semana que foram confirmados mais sete casos da variante brasileira do coronavírus em Santa Catarina.

“Os sete novos casos foram confirmados pelo Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina) seguindo o fluxo da vigilância genômica nacional, o qual encaminhou as amostras para o Laboratório de Referência Nacional para Santa Catarina – a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) do Rio de Janeiro, que realizou o sequenciamento genômico e encaminhou os resultados em 5 de março”, comunicou a secretaria estadual.

Um caso, de um homem de 55 anos, morador de Joinville, ainda está em investigação quanto a forma como ele contraiu a variante.

  • uma mulher de 30 anos, caso identificado em Presidente Getúlio – importado – Variante P.1
  • um homem de 36 anos, caso identificado em Presidente Getúlio – importado – Variante P.1
  • uma mulher de 32 anos, caso identificado em Laguna – autóctone/ local – Variante P.1
  • um homem de 39 anos, caso identificado em Joinville – autóctone/ local – Variante P.1
  • um homem de 55 anos, caso identificado em Joinville – em investigação – Variante P.1
  • uma mulher de 31 anos, caso identificado em Chapecó – autóctone/ local – Variante P.1
  • uma mulher de 52 anos, caso identificado em Chapecó – autóctone/ local – Variante P.1

As Secretarias Municipais de Saúde das cidades nas quais os casos foram registrados fizeram uma investigação epidemiológica e constataram que pelo menos dois deles são importados. Nesses casos, os pacientes tinham histórico de viagem para estados da região Norte, entre eles o Acre.

Outros quatro casos são considerados autóctones, o que significa que a transmissão aconteceu dentro de Santa Catarina. Já o local provável de infecção do sétimo caso segue em investigação, informou a SES.

O superintendente de Vigilância em Saúde de Santa Catarina, Eduardo Macário, destaca que as variantes foram identificadas em diferentes partes do território catarinense. Um dos casos é de um residente de Laguna, no Sul do Estado, e dois deles são da cidade de Chapecó, na região Oeste.

“Demonstrando que há uma disseminação da variante P.1 por diversas regiões, o que explica em parte o alto nível de transmissibilidade observado no Estado nas últimas semanas, que vem causando o aumento da pressão hospitalar”, destacou Macário.

Ao todo, foram confirmados em Santa Catarina 17 casos da variante P.1, sendo dez importados, seis autóctones e um em investigação.

  • 10 casos importados;
  • 6 casos autóctones;
  • 1 em investigação de local provável de infecção.

 

 

Fonte: ND+