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Acidentes domésticos com crianças aumentam; saiba como evitar

Foto: Jordan Whitt/Unsplash

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os acidentes são a maior causa de morte de crianças de um a 14 anos de idade no Brasil. Ainda segundo a entidade, todos os anos, cerca de 3,6 mil crianças dessa faixa etária morrem, sendo as maiores causas os atropelamentos e afogamentos. Já outras 111 mil são hospitalizadas, mais da metade por quedas e queimaduras.

O isolamento social, que significa tempo praticamente integral em casa, pode ser um fator agravante desses casos. Não é a toa que, logo no início da pandemia de Covid-19, a SBP lançou um manual para prevenção de acidentes domésticos durante a quarentena. A publicação ressalta que “a maioria dos acidentes acontece no local de moradia da criança e no entorno, traumas esses que poderiam ser evitados na grande maioria das vezes e, com medidas simples de prevenção e proteção”.

Apesar de ainda não terem sido levantados números oficiais, a pediatra Ludmila Schatschneider afirma ter percebido um aumento no número de atendimentos por conta de acidentes domésticos nos consultórios. “As crianças em casa sem tanto espaço para gastar energia, acabam fazendo coisas mais perigosas. Com a questão do home office, em que os pais precisam trabalhar além de cuidá-las, elas também acabam ficando sem uma supervisão total, o que também pode favorecer esse aumento”, explica.

Segundo a pediatra, entre os acidentes domésticos mais comuns estão: quedas em geral, com ou sem fraturas; traumas crânio-encefálicos (quedas com batidas de cabeça); queimaduras; engasgo; ingestão de corpo estranho; intoxicações por produtos de limpeza ou medicamentos e choque elétrico.

Prevenção é o caminho

Além da atenção redobrada por parte dos pais, é importante que o ambiente da casa esteja preparado para ser habitado por uma criança – planejamento este que já deve ser pensado desde o pré-natal. Ludmila separou algumas dicas práticas para que os acidentes sejam evitados:

“E em caso de qualquer acidente que venha a ocorrer, a orientação é procurar imediatamente um pediatra, para que possa ser avaliada a gravidade e a necessidade de atendimento”, reforça a profissional.

Fonte: Correio do Povo