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130 mil imóveis em SC ainda estão sem energia elétrica

Queda de árvore na rua Trompowsky, em Florianópolis, após 'ciclone bomba' — Foto: Julio Cavalheiro/Secom

Três dias depois do ciclone bomba no estado, mais de 130 mil imóveis ainda estavam sem luz até as 15h20 desta sexta-feira (3). Cidades como Garuva, Tijucas, Governador Celso Ramos e Florianópolis são algumas das mais afetadas.

As Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) haviam dado prazo para restabelecimento completo do sistema até o final da tarde desta sexta, mas isso não será possível devido à dificuldade em fazer a ligação de toda rede.

O novo prazo estabelecido pela Celesc para que a situação seja resolvida é domingo (5). Uma das dificuldades foi que a empresa enfrentou problemas de comunicação, ficando quase 12h sem o sistema que recebe as reclamações por causa de problemas na rede de telecomunicações. Por isso, ficou muito tempo sem ter dimensão do problema, impossibilitada de mandar equipes para reparos.

A Celesc afirma que este foi o maior dano já registrado, em toda a história, à rede elétrica do estado. “Temos ainda muitos postes caídos e aí temos que fazer o trabalho dobrado, porque além de fazer uma nova rede, retirar a rede antiga que está lá.

É como se a gente fosse reformar a casa e morar dentro. É muito pior você morar dentro de uma reforma do que fazer uma casa nova”, disse Cleicio Poleto Martins, presidente da Celesc.

Conforme a empresa, à medida que a luz volte em algumas cidades, as esquipes da empresa vão se liberando para reforçar outras regiões.

Cinco equipes do Sul e uma de Itajaí chegam nesta sexta à região da capital e se juntam a outros 26 grupos. Do Oeste partem duas equipes pra ajudar no meio-Oeste. A Serra catarinense também deve ganhar reforço.

Capital

Em Florianópolis, no bairro Rio Tavares, manifestantes fecharam na quinta (2) a SC-405, a principal via do bairro, porque na rua deles não tinha luz, mas na rodovia estadual, sim. Uma das participantes foi Luana Pacheco. A energia elétrica demorou mais de dois dias para voltar à casa dela.

“A gente tem filho pequeno em casa, é complicada a situação. A gente quase perdeu um freezer cheio de carne. Foi por pouco mesmo”, relatou. Ela também ficou sem poder acompanhar as aulas pelo computador.

Fonte: G1